Esporadicamente, a estupidez levanta a cabeça e tenta vestir uma capa de modernidade e parecer inteligente. Falha sempre.
Falha, mais uma vez, a tentativa do PNR para, com o lançamento de mais um outdoor desviar as atenções para as suas óbvias ligações à violência e ao crime organizado. O timming não foi acidental, afinal hoje será lida a sentença do caso dos skin-heads, esses sim, verdadeiros causadores de insegurança. Sobre o triste cartaz, vale a pena mencionar que foi plagiado de um cartaz suíço. Opção curiosa, uma vez que a extrema-direita suíça reclama a expulsão dos imigrantes, muitos deles portugueses. É a chamada estupidez-de-rabo-na-boca!
Também falha o Estado Português ao não fazer cumprir a Constituição, que proíbe a existência de partidos racistas, nem ilegalizando, como se impunha, esta organização criminosa.
Mas a estupidez vai jogando em vários tabuleiros. Seja cobardemente, em ruas escuras, de matraca na mão, seja escondida atrás de gravatas azuis e imunidades parlamentares, usando os microfones da nação para amplificar a velha cantilena.
Falha Paulo Portas em convencer seja quem for com a sua argumentação populista, que repete desde há anos, tentando associar os imigrantes à criminalidade. Para o provar, os números (veja-se o interessante estudo do Observatório da Imigração que está aqui) estão aí e a crescente falta de credibilidade do líder do CDS-PP também.
Mas a estupidez é perigosa. Num momento de uma enorme crise, com impactos sociais graves em termos de desemprego, pobreza e exclusão, andar a tentar lançar conflitos artificiais dentro da sociedade portuguesa pode ser como andar a brincar com fósforos junto à bomba da gasolina.
Falha, mais uma vez, a tentativa do PNR para, com o lançamento de mais um outdoor desviar as atenções para as suas óbvias ligações à violência e ao crime organizado. O timming não foi acidental, afinal hoje será lida a sentença do caso dos skin-heads, esses sim, verdadeiros causadores de insegurança. Sobre o triste cartaz, vale a pena mencionar que foi plagiado de um cartaz suíço. Opção curiosa, uma vez que a extrema-direita suíça reclama a expulsão dos imigrantes, muitos deles portugueses. É a chamada estupidez-de-rabo-na-boca!
Também falha o Estado Português ao não fazer cumprir a Constituição, que proíbe a existência de partidos racistas, nem ilegalizando, como se impunha, esta organização criminosa.
Mas a estupidez vai jogando em vários tabuleiros. Seja cobardemente, em ruas escuras, de matraca na mão, seja escondida atrás de gravatas azuis e imunidades parlamentares, usando os microfones da nação para amplificar a velha cantilena.
Falha Paulo Portas em convencer seja quem for com a sua argumentação populista, que repete desde há anos, tentando associar os imigrantes à criminalidade. Para o provar, os números (veja-se o interessante estudo do Observatório da Imigração que está aqui) estão aí e a crescente falta de credibilidade do líder do CDS-PP também.
Mas a estupidez é perigosa. Num momento de uma enorme crise, com impactos sociais graves em termos de desemprego, pobreza e exclusão, andar a tentar lançar conflitos artificiais dentro da sociedade portuguesa pode ser como andar a brincar com fósforos junto à bomba da gasolina.
É preciso combater a estupidez. É preciso enfrentar as verdadeiras causas dos problemas e construir um Portugal de futuro, que dê valor à maior riqueza que um país pode ter: as pessoas que o integram.
2 comentários:
Caros Tiago,
Excelente! A corja neofascista e os seus sucedâneos precisam de luta. Luta que se faz com palavras e esclarecimento.
Este é, sem dúvida, um enorme contributo para essa luta.
Um abraço,
Tiago
Não podia estar mais de acordo. A estupidez tem várias formas de manifestação e é sempre estimulante ler mensagens iguais a esta.
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